sábado, 15 de agosto de 2009

Os perigos das convicções, do "sentir-se convicto", como critério de verdade ...


Muitas vezes criamos verdades absolutas e passamos a nelas pautar decisões e julgamentos. A força do acreditar passa a ser critério de verdade, ou seja, nada nos retira a convicção de que estamos certos.

Convictos, nos enchemos de razão e podemos cometer grandes equívocos.

Nietzsche disse que "convicções são inimigos da verdade mais perigosos que as mentiras".

E mais uma vez estava coberto de razão. Quando nos sentimos convictos das verdades que criamos tendemos a nos tornar senhores da razão e, assim, cegamente intransigentes.

"Aprendi sobretudo a desconfiar das emoções de modo que hoje, se alguma coisa se afina com os meus sentimentos, isso só me desperta desconfiança e me faz procurar argumentos contrários de forma mais cuidadosa do que faria se tratasse de algo contrário aos meus sentimentos." Esta conclusão é de Vilfredo Paleto. Evitados os extremos, estava coberto de razão.

Pior de tudo nesse estado de convicção, quando se está equivocado, é a cegueira. Faz-nos injustos e pode apontar caminhos errados. Nossa convicção faz com que enxerguemos uma pedra na flor que temos nas mãos.
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