quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
terça-feira, 30 de abril de 2013
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
TRIBUTO À TERRA MÃE.
Plínio, o Velho (Gaius Plinius Secundus), romano autor de Historia Naturalis, deixou um interessante tributo à Terra, totalmente atual:
“(...) a Terra sempre subserviente à vontade do homem, esparze flores pelos seus caminhos e serve sua mesa com abundância; devolve com juros todo bem que o homem lhe faz; e embora ela produza o veneno, também fornece o antídoto; ainda que constantemente vulnerada mais para dar luxo que as necessidades do homem, até o fim ela continua sua grande paciência, e, quando a vida acaba, piamente cobre seus restos no seu corpo.”
Plínio, o Velho (Gaius Plinius Secundus), romano autor de Historia Naturalis, deixou um interessante tributo à Terra, totalmente atual:
“(...) a Terra sempre subserviente à vontade do homem, esparze flores pelos seus caminhos e serve sua mesa com abundância; devolve com juros todo bem que o homem lhe faz; e embora ela produza o veneno, também fornece o antídoto; ainda que constantemente vulnerada mais para dar luxo que as necessidades do homem, até o fim ela continua sua grande paciência, e, quando a vida acaba, piamente cobre seus restos no seu corpo.”
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
V I R G Í N I A L E I T E
Tia Santa
Morreu a Professora, Expedicionária e Tenente do Exército Brasileiro Virgínia Leite que um dia partiu para uma Guerra Mundial como enfermeira voluntária.
Eternizou-se em nossos corações, porém, vivíssima, a Santa Leite, Tia Santa dos incontáveis sobrinhos que teve e "fez" ao longo de sua vida.
Finalmente se tornou atemporal. Foi assim que a senti por décadas: uma pessoa fora do domínio do tempo que será sempre motivo de orgulho.
Teve longa vida, foi em paz, com total serenidade, aos 95 anos.
VIRGÍNIA LEITE (link do Jornal Folha de São Paulo)
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Minha Mãe completa 70 anos...
Quando meu Pai completou seus setenta anos apontei alguns dos motivos de minha admiração e, sobre ele, afirmei: “Renova-se a cada dia sob o olhar da sua Roseli, olhar de mesmo brilho, olhar que em si encerra as colunas da Família.”
Nem precisaria dizer mais. Tenho convicção de que fui feliz ao utilizar tal expressão, pois assim é minha Mãe que hoje completa setenta anos: coluna. Mulher de tantos sorrisos, de afetuosidade marcante, aprendeu cedo a lutar, conquistar espaços e fazer de adversidades um aprendizado.
Iniciou sua vida de casada em Irati. Recordo sempre com dobrada alegria dos tempos do “Duque”, onde minha Mãe foi Professora junto com amigas tão marcantes como a d. Luiza Pinto, d. Matilde Nascimento, d. Clari Pedro, da minha tia Glória Pohl, da d. Matilde Rodrigues, da d. Laurita Betezek, minha primeira e querida Professora.
Foi em Irati, local de suas maiores conquistas, que nasceram seus filhos, aos quais claramente dedicou seu amor, seu carinho incondicional, seu trabalho, o equilíbrio de suas decisões, a inteligência de seus posicionamentos e o resultado de suas ações e de seus exemplos.
Sempre que reflito sobre sua condição de Mãe recordo das palavras da escritora Lya Luft (Revista Veja de 12.05,2010) dirigindo-se aos filhos: “Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência.”
Minha Mãe hoje completa setenta anos. Com ela a existência se mostra desprovida de enigmas.
Nesta foto, tirada pela Andrea, estão minha Mãe e minha Avó, que há menos de três meses completou noventa anos. Que privilégio o nosso. Mais do que darmos parabéns, agradecemos!
domingo, 2 de outubro de 2011
Aniversário de Porto Velho...
Porto Velho completa hoje 97 anos precisando de muitos "cuidados". Reproduzo matéria veiculada hoje no Jornal Alto Madeira.
Oficializada em 2 de outubro de 1914, Porto Velho criada por desbravadores por volta de 1907, durante a construção da E.F. Madeira- Mamoré. Em plena Floresta Amazônica, e inserida na maior bacia hidrográfica do globo, onde os rios ainda governam a vida dos homens, é a Capital do estado de Rondônia. Fica nas barrancas da margem direita do rio Madeira, o maior afluente da margem direita do rio Amazonas.
Desde do séc. XIX nos primeiros movimentos para construir uma ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de 380km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará Mirim, a localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transbordado para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do Alto Madeira, província de Mato Grosso.
As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7km abaixo, em local muito mais favorável. Era chamado por alguns de "porto velho dos militares", numa referência ao abandonado acampamento da guarnição militar que ali acampara durante a Guerra do Paraguai (essa guarnição estivera como precaução do Governo Imperial contra uma temida invasão por parte da Bolívia, aparentemente favorável a Solano Lopes).
No dia 15 de janeiro de 1873, o Imperador Pedro II assinou o Decreto-Lei nº 5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira. Em decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo Antônio, que passou a ser denominado "porto dos vapores" ou, no linguajar dos trabalhadores, "porto novo". O porto velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança, apesar das dificuldades operacionais e da distância até S. Antônio, ponto inicial da EFMM. Percival Farquar, proprietário da empresa que concluiu a ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal oficializada pela Assembléia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho. Hoje, a capital de Rondônia.
Após a conclusão da obra da E.F. M-M em 1912 e a retirada dos operários, a população local era de cerca de 1.000 pessoas. O maior de todos os bairros era onde moravam os barbadianos - Barbadoes Town - construído em área de concessão da ferrovia. As moradias abrigavam principalmente trabalhadores negros oriundos das Ilhas Britânicas do Caribe, genericamente denominados "barbadianos". Vieram com suas famílias, e nas residências construídas pela ferrovia para os trabalhadores só podiam morar solteiros. Era privilégio dos dirigentes morar com as famílias. Com o tempo passou a abrigar moradores trabalhadores de várias nacionalidades. Essas aglomerações, associadas às construções da Madeira-Mamoré foram à origem da cidade de Porto Velho, criada em 02 de outubro de 1914. Muitos operários, migrantes e imigrantes moravam em bairros de casas de madeira e palha, construídas fora da área de concessão da ferrovia.
Porto Velho nasceu das instalações portuárias, ferroviárias e residenciais da Madeira-Mamoré Railway. A área não industrial das obras tinha uma concepção urbana bem estruturada, onde moravam os funcionários mais qualificados da empresa, onde estavam os armazéns de produtos diversos, etc. De modo que, nos primórdios haviam como duas cidades: a área de concessão da ferrovia e a área pública. Duas pequenas povoações, com aspectos muito distintos. Eram separadas por uma linha fronteiriça denominada Avenida Divisória, a atual Avenida Presidente Dutra. Na área da "railway" predominavam os idiomas inglês e espanhol, usados inclusive nas ordens de serviço, avisos e correspondência da Companhia. Apenas nos atos oficiais, e pelos brasileiros era usada a língua portuguesa.
Cada uma dessas povoações tinha comércio, segurança e, quase, leis próprias. Com vantagens para os ferroviários, face a realidade econômica das duas comunidades. Até mesmo uma espécie de força de segurança operava na área de concessão da empresa, independente da força policial do estado do Amazonas. Essa situação gerou conflitos freqüentes, entre as autoridades constituídas e os representantes da "Railway". Portanto, embora as mortes a lamentar durante sua construção tenham sido muitas, a ferrovia da morte, como chegou a ser denominada a Estrada de Ferro Madeira Mamoré é, na verdade a "ferrovia da vida", para Porto Velho e seu povo e agora as mais importantes obras do Brasil as Usinas de Madeira.
sábado, 1 de outubro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Decisão judicial. Prisão. Furto de duas melancias....
A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias:
DESPACHO JUDICIAL.
DECISÃO PROFERIDA PELO JUIZ RAFAEL GONÇALVES DE PAULA NOS AUTOS DO PROC Nº. 124/03 - 3ª Vara Criminal da Comarca de
Palmas/TO:
Palmas/TO:
DECISÃO
Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...
Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia.
Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra – e aí, cadê a Justiça nesse mundo? Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.
Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.
Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.
Expeçam-se os alvarás.
Intimem-se.
Rafael Gonçalves de Paula
Rafael Gonçalves de Paula
Juiz de Direito
sábado, 10 de setembro de 2011
O TERROR...
Completam-se dez anos do atentado terrorista que, de Nova York, atingiu o mundo. Há uma infinidade de definições sobre uma das tragédias humanas, o terrorismo: a mentalidade fanático-terrorista como método de impor ao mundo a vontade enlouquecida de grupos, religiões, partidos, aglomerados econômicos, ou de algum desequilibrado solitário.
Aos fanáticos, de qualquer cor ou espécie, não importam as desgraças imediatas que produzem, nem as marcas que cravam em famílias, populações, épocas. Estão convencidos de que agem em nome de uma “verdade da qual detêm o segredo e o acesso privilegiado”. De Sócrates - declarando que “só sei que nada sei” - a Descartes, ou Kant, ou Foucault, o que a Filosofia diz é que a verdade só pode nos se útil se preservarmos a noção de que somos incapazes de conquistá-la. Não há posse da verdade. Há busca. É esta a idéia grega original e genial que produziu a filosofia e a ciência ocidentais.
Um paradoxo, está claro, não fosse o paradoxo a forma mais refinada de expressão da sabedoria.
Tenho medo do terror. E das respostas que o terror impõe.
Aos fanáticos, de qualquer cor ou espécie, não importam as desgraças imediatas que produzem, nem as marcas que cravam em famílias, populações, épocas. Estão convencidos de que agem em nome de uma “verdade da qual detêm o segredo e o acesso privilegiado”. De Sócrates - declarando que “só sei que nada sei” - a Descartes, ou Kant, ou Foucault, o que a Filosofia diz é que a verdade só pode nos se útil se preservarmos a noção de que somos incapazes de conquistá-la. Não há posse da verdade. Há busca. É esta a idéia grega original e genial que produziu a filosofia e a ciência ocidentais.
Um paradoxo, está claro, não fosse o paradoxo a forma mais refinada de expressão da sabedoria.
Tenho medo do terror. E das respostas que o terror impõe.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Trânsito em Porto Velho...
A Revista Quatro Rodas deste mês publicou estatística que mostra o trânsito de Porto Velho como o que mais mata entre as capitais brasileiras. Hoje no site rondoniagora.com foi publicada reportagem sobre acidente ocorrido no fim de semana num cruzamento da cidade. O estado do Corolla mostra bem porque é a Capital que mais mata no trânsito.
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