terça-feira, 30 de março de 2010

"A morte de Senna foi o fim da minha história com a F-1", diz Alain Prost (do UOL Esporte).


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Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1”, disse o “Professor”, que revelou ter notado uma estranha, porém agradável reaproximação do brasileiro nos últimos três meses antes do acidente fatal.

Ele nunca tinha me ligado, mas nas últimas semanas tinha feito isso várias vezes. Estava preocupado. Achava que a Benetton, de Michael Schumacher, tinha implantado recursos eletrônicos no carro – coisa que a FIA havia proibido –, e queria que eu entrasse para a Comissão de Segurança. E não estava confortável na Williams”, recordou Prost.

O francês estava trabalhando como comentarista naquele fatídico GP de San Marino. “Lembro que, antes da corrida, ele veio às cabines de televisão para falar comigo. Não era algo habitual. Todos que estavam ali ficaram calados. Nesses momentos, o piloto só pensa em se concentrar, mas ele veio e se sentou ao meu lado. O mais surpreendente é que não queria falar de nada muito importante”, contou o francês.

Depois de comer, pouco antes da largada, fui aos boxes da Williams e conversamos por uns dois minutos antes de ele entrar no carro. Esta foi a última vez”, lamentou. “Ayrton e eu temos um vínculo. Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1. Ninguém pode falar de Ayrton sem mencionar meu nome, e ninguém pode falar de mim sem mencionar o dele”, concluiu o tetracampeão mundial."
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