Lendo o Blog do Nêgo Pessoa, hábito diário, me deparei com a pérola que transcrevo abaixo (apenas com algumas omissões...), texto denominado "Pela penúltima vez", que é de todo auto-explicativo e que me fez conhecer parte das razões e da origem de torcer pelo Flamengo desde "antes de nascer'...rs.
"PELA PENÚLTIMA VEZ
December 7th, 2009 · 4 Comments
No sábado, a rodar bolsinha pelo google, trombei com referência ao locutor q vos fala num sítio de torcedor do Coritiba – reproduzia título e trecho de texto q batucara pro sítio oficial do clube: “QUAL É O ONZE?”
Pintaram exatamente oito comentários, um mais idiota q o outro; nenhum sobre a pergunta q fiz a dois jogos do final da temporada!!! Todos sobre o escriba (e fariseu?)!!!
É no mínimo curioso: a gente levanta a perdiz q saciará a fome dos cretinos, e os cretinos ao invés de alvejá-la atiram na gente!!! Bem, se não fizessem isto não seriam cretinos, não é mesmo?
Mas o q é q tanto atraiu os cretinos contra mim? O imenso crime de torcer pro FLU! É! A gente não pode mais torcer pro FLU! Não em Curitiba! Não se v nasceu no Paraná!
Ora, não nasci no PR! Nasci em Irati. E em Irati, no início da década de 50, ninguém torcia pra time algum de Curitiba! Ninguém dava a mínima pro campeonato paranaense e para os clubes da capital! A piazada ou torcia pro Flamengo ou pro Vasco, raros pro FLU, mais raros ainda pro Bota. Enfim reproduzíamos os percentuais de preferências dos cariocas. (E não era só a meninada q se ligava no futebol do Rio, não! Os adultos talvez mais ainda!)
- Alienação? Babaquice? Nada disso! Havia um problema de comunicação: nos ligávamos ao mundo via rádio Nacional, PRE-8, via revista O CRUZEIRO, via O JORNAL, via SPORT ILUSTRADO! Todos veículos cariocas de audiência nacional! Especialmente a rádio Nacional, espécie de Globo só áudio, e O CRUZEIRO. Papai, patrioticamente, e também por razões políticas, assinava o lixo de nome “O DIA”, sujo e ilegível, editado em CTBA. E do qual o piá q eu era passava longe, com nojo de pegá-lo tanta tinta soltava.
Pra v ter uma idéia, qdo o Mengão ganhou o tri em 55, houve carreata em Irati! Liderada entre outros pelo Viquinho, Carlos Alberto, precocemente falecido.
Pra v ter uma idéia: aos domingos a gente se apinhava nos bares&botecos&sinucas com rádio – raridade à época - pra 0uvir os jogos do campeonato carioca! Os preferidos eram o do Chávez, na frente da casa dos Kominskis, na rua XV, e do Borges, na rua da Estação, pertinho da praça da Bandeira. (E os filhos da puta querem q eu torça pro Britânia! Vão tomar no c...! Ratos!)
Nunca, nenhuma vez, ouvimos a Guairacá ou a Bedois. Nunca, nenhuma vez, fui gozado por derrota do Coritiba! Nunca, nenhuma vez, tiramos sarro por motivo paranaense. Já um empate do Flu com o Bonsuça era motivo de gargalhadas e eterna vergonha. Ok?
Já contei q vim a CTBA ver o FLU contra o finado Ferroviário, na Vila? E q o FLU perdeu de 4 a 3? E no ponto do ônibus, q ficava em frente à farmácia do meu pai, a patota lá estava à minha espera, pra me gozar? Isto foi em 55! Eu não tinha sequer 13 anos! E os filhos da puta querem q eu torça pro Bloco Morgenau! Q perto dos 70 renegue minha paixão infantil! Q a troque pressionado por babaquice provinciana! NÃO SOU PROVINCIANO! GRAÇAS A IRATI! OU MELHOR GRAÇAS A IRRATI, IRRATI, TERA QUERIDA. E por não ser provinciano SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO/SOU DO CLUBE TANTAS VEZES CAMPEÃO… Modestamente."
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