Em seu artigo leio que o fenômeno da corrupção “talvez seja contemporâneo da chegada do luso por aqui”. Interessante o emprego sarcástico do advérbio... rs.
Navegações, terras distantes conquistadas, necessidade de estrutura administrativa que assegurasse não só o domínio como a “arrecadação”. O Brasil precisava render. Que pessoas foram mandadas para a terrinha distante (...)? Nepotismo, ação entre amigos, títulos da nobreza, funcionalismo público, judiciário!! “Filhos da folha”! Fraude em licitações (construção de Salvador?). E o sistema das sesmarias? El-Rei, como o grande descobridor, passou a deter o título originário de posse de todo (!) o território. Terras da Coroa, ora pois! E então teve início o domínio privado de terras por aqui, pois começaram as doações de pedaços de terras com a emissão das cartas de sesmarias. Dá-lhe!
Corrupção. Povo. Elite. Econômica, intelectual, política. De onde sai o dinheiro para corromper? Quem tem mais capacidade de corromper? Que análise fazer de uma estatística sobre corrupção em diferentes classes? Quem define o ato como “jeitinho”, “se arrumar”, “aproveitar a oportunidade” e quem define como “ato de corrupção? Inconsciência ou “valores”? As pessoas admitem ser corruptas ao serem entrevistadas? A totalidade das que negam, negam por princípios ou por “vergonha” de revelar o que pensam? Quantos bradam contra a corrupção por mera impossibilidade de estar participando?
Decência escassa, seja povo, seja elite. Econômica, intelectual ou política. Banalização.
A propósito do vídeo, guarda semelhança com aquele texto atribuído a João Ubaldo Ribeiro, sob título “Precisa-se de Matéria Prima para construir um País” (Educação). Nele o baiano fala de sua suspeita de que o problema está em nós como matéria prima de um país onde a “esperteza” é a moeda mais valorizada.
Então ... imaginar que D. Pedro II (vítima de tantos equívocos) dizia: sem um esforço para universalizar a educação, a sociedade brasileira continuará patinando material e moralmente. Ponto.
ÓBVIO ULULANTE
June 8th, 2009.
Durante muito tempo repeti o besteirol patrocinado entre outros pelo boboca do Darci Ribeiro:o povo é bom, a elite não presta.
Um dia mestre Wilson Martins derrubou a asneira com piparote irrespondível:a elite sai do povo, logo etc., etc. BINGO!
Aqui entre nós, eu não deveria esperar pelo mestre pra sacar o óbvio - estava e está na cara! Basta olhar em volta. No meu caso ainda tinha a agravante de conhecer ensaio do Hélio Jaguaribe em q mostra a corrupção de cima abaixo da escala social ou de baixo acima da escala social; ninguém escapa: pobres-ricos-remediados. Mas acompanhe os slides.
Outra coisa: o fenômeno não é novo! Ao contrário! Talvez seja contemporâneo da chegada do luso por aqui. Ou anterior…
http://www.slideshare.net/sistema428/a-bofetada-do-ano-276549?src=related_normal&rel=88129
Navegações, terras distantes conquistadas, necessidade de estrutura administrativa que assegurasse não só o domínio como a “arrecadação”. O Brasil precisava render. Que pessoas foram mandadas para a terrinha distante (...)? Nepotismo, ação entre amigos, títulos da nobreza, funcionalismo público, judiciário!! “Filhos da folha”! Fraude em licitações (construção de Salvador?). E o sistema das sesmarias? El-Rei, como o grande descobridor, passou a deter o título originário de posse de todo (!) o território. Terras da Coroa, ora pois! E então teve início o domínio privado de terras por aqui, pois começaram as doações de pedaços de terras com a emissão das cartas de sesmarias. Dá-lhe!
Corrupção. Povo. Elite. Econômica, intelectual, política. De onde sai o dinheiro para corromper? Quem tem mais capacidade de corromper? Que análise fazer de uma estatística sobre corrupção em diferentes classes? Quem define o ato como “jeitinho”, “se arrumar”, “aproveitar a oportunidade” e quem define como “ato de corrupção? Inconsciência ou “valores”? As pessoas admitem ser corruptas ao serem entrevistadas? A totalidade das que negam, negam por princípios ou por “vergonha” de revelar o que pensam? Quantos bradam contra a corrupção por mera impossibilidade de estar participando?
Decência escassa, seja povo, seja elite. Econômica, intelectual ou política. Banalização.
A propósito do vídeo, guarda semelhança com aquele texto atribuído a João Ubaldo Ribeiro, sob título “Precisa-se de Matéria Prima para construir um País” (Educação). Nele o baiano fala de sua suspeita de que o problema está em nós como matéria prima de um país onde a “esperteza” é a moeda mais valorizada.
Então ... imaginar que D. Pedro II (vítima de tantos equívocos) dizia: sem um esforço para universalizar a educação, a sociedade brasileira continuará patinando material e moralmente. Ponto.
ÓBVIO ULULANTE
June 8th, 2009.
Durante muito tempo repeti o besteirol patrocinado entre outros pelo boboca do Darci Ribeiro:o povo é bom, a elite não presta.
Um dia mestre Wilson Martins derrubou a asneira com piparote irrespondível:a elite sai do povo, logo etc., etc. BINGO!
Aqui entre nós, eu não deveria esperar pelo mestre pra sacar o óbvio - estava e está na cara! Basta olhar em volta. No meu caso ainda tinha a agravante de conhecer ensaio do Hélio Jaguaribe em q mostra a corrupção de cima abaixo da escala social ou de baixo acima da escala social; ninguém escapa: pobres-ricos-remediados. Mas acompanhe os slides.
Outra coisa: o fenômeno não é novo! Ao contrário! Talvez seja contemporâneo da chegada do luso por aqui. Ou anterior…
http://www.slideshare.net/sistema428/a-bofetada-do-ano-276549?src=related_normal&rel=88129
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