
Meu Pai hoje completa 70 anos e compulsoriamente deixa o serviço público ao qual se dedicou por mais de 50 anos (!).
Que figura o meu Pai. De uma personalidade complexa e uma simplicidade admirável. Ah se mais pessoas tivessem esse poder de encontrar beleza e felicidade em tão incontáveis coisas simples da vida. De se dizer que muito se pode conhecer da personalidade de uma pessoa observando a forma como ela trata os animais (Minha irmã com certeza referenda esta afirmação). Pois é!
Um dos fatores que sedimentaram minha admiração ao longo dos anos, tentando me abstrair do fato de ser filho, foi constatar o quanto ele tem amigos, amigos sem distinções de lado a lado. Sempre me senti orgulhoso ao comprovar isso estando em qualquer lugar, de um tribunal ao Stuart ali na Osório.
Boleiro, matreiro, perspicaz. Tornou-se mais sábio para estar presente e também para estar ausente. Conversas em tom mais elevado? Pode observar: no tempo certo ele silenciosamente vai se afastando.
Cuidadoso, organizado, exigente. Caligrafia impecável (que não herdei), pareceres objetivos e judiciosos. Seu jeito emotivo (este eu herdei) sempre aflora, mesmo que continue guardando tão reservada e cuidadosamente as emoções de sua infância.
E seus carros? Lustrei tanta lataria para poder depois “dar umas voltas” (quantas vezes em torno do alambrado do Iraty) que os meus sempre deixei meio “ao Deus dará”.
Um tanto implicante em situações menores, em nenhum momento da vida tive dúvidas quanto à sua presença, ao seu apoio, às suas respostas. E exerce tolerância de irmão.
Erra como todos nós erramos. Há tempos sabe que a experiência só adianta para quem a tem e só se tem vivendo. Tantas vezes o percebi dirigindo (os filhos) sem demonstrar e nunca o vi reagir à incompreensão que eu mesmo tantas vezes manifestei.
Meu Pai é vaidoso como ele só. Renova-se a cada dia sob o olhar da sua Roseli, olhar de mesmo brilho, olhar que em si encerra as colunas da Família.
Ante a preocupação com um problema qualquer no passado eu disse: aconteceu, é fato, agora o que se tem a fazer é administrar. Ele adotou essa forma de pensar e dela se vale circunstancialmente.
Que figura o meu Pai. De uma personalidade complexa e uma simplicidade admirável. Ah se mais pessoas tivessem esse poder de encontrar beleza e felicidade em tão incontáveis coisas simples da vida. De se dizer que muito se pode conhecer da personalidade de uma pessoa observando a forma como ela trata os animais (Minha irmã com certeza referenda esta afirmação). Pois é!
Um dos fatores que sedimentaram minha admiração ao longo dos anos, tentando me abstrair do fato de ser filho, foi constatar o quanto ele tem amigos, amigos sem distinções de lado a lado. Sempre me senti orgulhoso ao comprovar isso estando em qualquer lugar, de um tribunal ao Stuart ali na Osório.
Boleiro, matreiro, perspicaz. Tornou-se mais sábio para estar presente e também para estar ausente. Conversas em tom mais elevado? Pode observar: no tempo certo ele silenciosamente vai se afastando.
Cuidadoso, organizado, exigente. Caligrafia impecável (que não herdei), pareceres objetivos e judiciosos. Seu jeito emotivo (este eu herdei) sempre aflora, mesmo que continue guardando tão reservada e cuidadosamente as emoções de sua infância.
E seus carros? Lustrei tanta lataria para poder depois “dar umas voltas” (quantas vezes em torno do alambrado do Iraty) que os meus sempre deixei meio “ao Deus dará”.
Um tanto implicante em situações menores, em nenhum momento da vida tive dúvidas quanto à sua presença, ao seu apoio, às suas respostas. E exerce tolerância de irmão.
Erra como todos nós erramos. Há tempos sabe que a experiência só adianta para quem a tem e só se tem vivendo. Tantas vezes o percebi dirigindo (os filhos) sem demonstrar e nunca o vi reagir à incompreensão que eu mesmo tantas vezes manifestei.
Meu Pai é vaidoso como ele só. Renova-se a cada dia sob o olhar da sua Roseli, olhar de mesmo brilho, olhar que em si encerra as colunas da Família.
Ante a preocupação com um problema qualquer no passado eu disse: aconteceu, é fato, agora o que se tem a fazer é administrar. Ele adotou essa forma de pensar e dela se vale circunstancialmente.
Pois então! Meu Pai agora tem 70 anos. Joga seu futebol, tem mais um neto, mais uma casa com um novo espelho e agora tem um novo fato para administrar: a liberdade que hoje está conquistando.
Nunca havia lido uma declaração de amor e respeito e uma descrição de ser, tão emocionante! Parabéns ao autor e ao homenageado. Ignez
ResponderExcluir